No início de 2020, diversos hospitais da Europa enfrentaram a falta de medicamentos e insumos hospitalares, devido ao aumento repentino de pacientes com coronavírus internados em UTIs. Cidades como Nova York estiveram à beira do colapso com a falta de leitos e fármacos.
Países de todo o mundo adotaram estratégias rígidas, na tentativa de controlar a disseminação do Sars-Cov-2, como o fechamento de estabelecimentos comerciais e práticas de isolamento social, o que, de fato, resultou na desaceleração da propagação do vírus.
Contudo, após a queda no número de pessoas infectadas, a relaxação das medidas restritivas, por parte do bloco europeu, provocou uma explosão de novos casos.
ESTOQUE DE MEDICAMENTOS NO BRASIL
Nos últimos meses, o país se deparou com a diminuição do estoque de medicamentos utilizados na intubação de pacientes, devido ao número gigantesco de pacientes em estado grave. Diante de tal demanda, a indústria nacional não quantidades suficientes para atender o mercado interno, o que colocou em risco o abastecimento de insumos no Brasil.
Jabez Medeiros, executivo do setor hospitalar e representante das principais exportadoras de medicamentos para o Brasil, explica que muitos gestores estão buscando adquirir medicamentos importados. “Estamos conseguindo suprir esta necessidade urgente, graças aos contratos pontuais que possuímos com empresas estrangeiras”, salienta Jabez.

MEDICAÇÃO EM FALTA
Analgésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares são empregados para intubar e manter um paciente em ventilação mecânica. Dentre os princípios ativos, destacam-se: Propofol, Midazolam, Fentanil, Morfina, Cetamina, Atracúrio, Rocurônio e Succinilcolina.
A medicação de pacientes intubados deve ser mantida ao longo do tratamento, o que pode durar alguns dias ou mesmo semanas, de acordo com a gravidade de cada caso.
A quantidade exponencial de casos, somada ao período extenso no qual os pacientes permanecem internados, tornaram-se os atuais desafios dos gestores de estoque de medicamentos hospitalares.
Fonte: Folha de Londrina.